Atualmente, o descarte inadequado de resíduos industriais é uma das maiores causas de alterações no meio ambiente e de doenças graves. Por sua importância, esse é um dos temas que mais estão levantando debates no mundo inteiro.
Pensando nisso, reunimos aqui tudo o que você precisa saber para categorizar e fazer o descarte correto dos resíduos industriais da sua empresa.
O que são resíduos industriais?
De acordo com a norma NR 25 criada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é considerado como resíduo industrial todo material originário de atividades fabris, seja em forma líquida, gasosa ou sólida. A composição presente nos resíduos industriais depende de qual tipo de processo industrial eles passaram.
Essas “sobras” se diferenciam dos resíduos domésticos por suas características químicas, físicas ou microbiológicas. Além disso, podem ser reaproveitados ou reciclados.
Quais os tipos de resíduos industriais e como categorizá-los?
De acordo com a norma NBR 10.004, criado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os resíduos industriais são divididos em três classes. São elas:
1) Resíduos Classe I (Perigosos)
Esta classe engloba todo tipo de material que possa ser contaminante. Ou seja, que apresentam riscos à saúde pública e também ao meio ambiente. Esses materiais podem ser identificados por suas características de toxicidade, corrosividade, reativas, patogênicas e de inflamabilidade.
Alguns dos exemplos de resíduos industriais classe I mais comuns são: tintas, produtos químicos, solventes usados, EPIs contaminados, pilhas e baterias.
2) Resíduos Classe II A (Não-inertes)
A segunda classe foi criada para indicar qualquer material que não possui nenhum nível de periculosidade ou, caso tenham, possuam níveis muito baixos. Esses materiais podem ser identificados por suas características de combustão, solubilidade em água ou por sua biodegradabilidade.
Exemplos de resíduos industriais classe II A são: tecidos, gesso, EPIs não contaminados, poliuretano e pedaços de madeira.
3) Resíduos Classe II B (Inertes)
Já a terceira classe envolve qualquer material que não seja contaminante (que não altera a potabilidade da água) e que talvez possa ser reciclado. Ou seja, materiais que não são capazes de criar nenhum tipo de modificação no meio ambiente.
Os exemplos mais comuns de resíduos industriais classe II B são: areia, tijolo, pedra, isopor, latas de alumínio e até mesmo alguns tipos específicos de plástico.
A importância das indústrias saberem classificar seus resíduos
Ao saber como classificarem da forma correta, as empresas estarão garantindo que esses materiais sejam enviados para os lugares de descarte (como aterros sanitários, por exemplo) e que possam passar por um tratamento adequado.
Dessa forma, a empresa irá conseguir melhorar as suas instalações e adquirir ferramentas a fim de que esses dejetos sejam armazenados e transportados corretamente. E, claro, a empresa também estará evitando causar agressões irreversíveis ao meio ambiente e à saúde pública.
Quais são os impactos ambientais dos resíduos industriais?
O Brasil conta com uma alta nas atividades industriais, e por conta disso o volume dos dejetos das produções também está aumentando cada vez mais. O problema então se apresenta quando a maior parte dessas “sobras” não passam por nenhum tipo de tratamento ou sequer contam com um destino de descarte adequado.
A maior parte desses resíduos são tóxicos e, ao entrar em contato com o meio ambiente, criam modificações na água e no solo. Algumas das vezes, essas alterações são irreversíveis. Ou seja, esses resíduos industriais também precisam ser armazenados e transportados de forma separada, assegurando que não haja nenhum tipo de contágio indesejado.
Por apresentar perigo à saúde dos habitantes, o descarte feito de forma inapropriada é considerado como crime ambiental. A empresa que estiver sendo acusada acabará perdendo as suas certificações ambientais (como a ISO 14001) e, com isso, não conseguirá mais financiamentos importantes para a manutenção da empresa.
Por fim, o descarte inapropriado de resíduos industriais também resulta em uma insatisfação dos clientes, que irão evitar comprar qualquer tipo de produto da empresa.
Fonte: Automação Industrial